segunda-feira, 6 de julho de 2009

O cartaz


O cartaz....

O Cartaz com o as. De frente, para toda a gente. Com Ovar, a despertar. Dinamismo valorizado, mas ele está parado. Competência destacada, em área não-revelada, Determinação assumida, para missão desconhecida.

Afinal o que promove esta faixa de fundo vermelho de metros sem conta ao longo das estradas, nas rotundas e pontos fortes de passagem?
Uma pessoa concreta, com rosto e atributos para uma mensagem de salvação.
O despertar. A renúncia ao sono. Rejeição da letargia sonolenta. Entrada num novo estado de lucidez, de visão esclarecida.
Mas em torno de que ideias? Que novas nos traz o mensageiro?
Nenhuma, apenas que o mensageiro tem atributos, competências e com ele as pessoas despertam. Sim despertam para quê?
Para o mensageiro. Ah! Afinal o mensageiro mais do que mensagem traz despertador. Toca a rebate. Abre os olhos dos que os têm fechados. Uma espécie de Optivisão, de Multiópticas da política local.
Dinâmico. Competente. Determinado. Mas o Le Pen, em França nas presidenciais de má memória para os franceses e europeus progressistas, não tinha exactamente a mesma base de comunicação com os eleitores? Será esta a base para uma escolha política? Para quem vai governar o bem comum?

Não francamente. Não chega. Queremos mais. O homem-despertador não é suficientemente esclarecedor e motivador. Aliás os homens – previdência nunca derem contributos positivos à democracia e ao desenvolvimento social. A história indica-nos prudência e até desconfiança para este tipo de propostas antropromórficas.

Competente. Os outros não, ou talvez. Como se a competência pudesse ser afirmada de forma absoluta. Não se é competente. Age-se com competência, em determinado contexto e de forma específica. Por competência entende-se uma combinação criativa do conhecimento ajustado, da capacidade adequada e da atitude certa, na acção, tratando-se sempre de um campo de desafio para todo e qualquer um. De progressão Não se é. Age-se em cada situação com maior ou melhor.

Determinado. Ou pré – determinado. Ou seja não se sabe, como será canalizada a determinação. Sabemos, pelo passado que pode ser num sentido de sistemática oposição.

Dinâmico. Alguns afirmam aerodinâmico. Discurso aéreo sem grande ligação à realidade. E quando a ligação existe, faz faísca. Como um fusível. Como a Barrinha sabe e lembra.

Bem como Fernando Pessoa. Esperemos pela Mensagem. Talvez venha. Talvez não.
Para despertarmos. Será?

Carlos Ribeiro

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