O que sabe
A batalha do David é pelo David. O que pretendia David quando era vice? Era passar a super-David.
Mas a impaciência trai sempre os protagonistas nas batalhas. Porque aceitou David recuar na sua confrontação pública com o seu Presidente depois de ter sido censurado internamente no seu partido?Porque queria sinalizar que existia uma alternativa para o próximo mandato, sem colher hostilidade interna e até ver valorizada a sua dita condescendência.
Mas David semeou mal a terra. Esqueceu-se da política. Não trouxe argumentos políticos a debate, antes invocou questões de consciência, como se estas lhe garantissem um perfil de seriedade por serem sistematicamente referidas.
O argumento político, esse sim, permite deslindar o que pretende quem o produz. E nessa matéria foi o deserto total.
A situação actual de uma candidatura através de um grupo radical poderia iludir mais uma vez a situação e deduzir-se que as divergências do agora candidato poderiam ter uma base política e até serem de esquerda e não de direita como aparentavam ser.
As reservas que suscitavam as suas inclinações assistencialistas e deliberadamente de base religiosa na condução das orientações programáticas da Rede Social concelhia na luta contra a pobreza, afinal eram uma camuflagem.
Mas David é prático. Não perde tempo com essas coisas. O que interessa é chegar. As banalidades, expressas na sua entrevista de pré-candidato concedida ao Praça Pública, em matéria de estratégia para o desenvolvimento concelhio são clarificadoras. Mas a ausência de ideias e visão de pouco importam. Se importassem teriam sido expressas anteriormente com convicção, mas não, estas são de circunstância.
Porque será que este tipo de independentes, os agora neo-bloquistas
Agora sim percebe-se, é o velho grito, Independência ou morte!
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